95 anos da morte de Zamenhof



---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Carlos Maria <carlosmaria1940@gmail.com>
Data: 14 de abril de 2012 09:13
Assunto: [kke-diskutlisto] 95 anos da morte de Zamenhof
Para:

Em 14 de abril de 1917 morreu Luís Lázaro Zamenhof


Luís Zamenhof morreu durante a primeira guerra mundial, na Varsóvia ocupada pelas tropas alemães, sonhando pelo fim da guerra, após a qual ele quis convocar um congresso para uma religião humanisticamente neutra. Todavia a guerra mundial não queria terminar. No manuscrito que L L Zamenhof preparou para convocar o congresso, escreveu primeiramente que o congresso ocorresse "nos últimos dias de dezembro de 1916" na Suiça. Depois ele alterou-o para "nos primeiros dias de agosto de 1917", e finalmente, ele, com as mãos trêmulas, escreveu "após o fim da guerra".

Na primavera de 1917 a grande guerra continuava. No último momento de sua vida L L Zamenhof, por causa de seus problemas cardíacos, teve de não ficar deitado, somente podia ficar sentado ou de pé. Na sua obra "Vivo de Zamenhof" (Vida de Zamenhof) Edmond Privat descreve os últimos momentos de Zamenhof assim:


Repousar, dormir por alguns minutos! Um dia o médico o permitiu um momento. Era 14 de abril de 1917. Ele se estendeu sobre um canapé. À porta a esposa acompanhou o doutor. Por um momento ele se sentiu melhor. Finalmente um pouco de repouso, tão desejado!... Mas já ele sufocou-se. Queria chamar. A voz parou em sua garganta. Eis que correu a ele a esposa. Ela ajudou-o resistir. Ai que terrível! Já cessou de bater o teu coração, que batia tão forte para a humanidade. Já veio o repouso libertador.


As últimas palavras que Zamenhof escreveu foi, segundo a obra de Privat, as seguintes: "Eu comecei a sentir, que possivelmente morte não é desaparecimento...; que existem algumas leis na natureza...; que algo me guarda para um alto objetivo..."

No dia da sua morte, ele tinha somente 57 anos. Por causa da guerra, as fronteiras do país estavam fechadas e além da família, só esperantistas de Varsóvia puderam estar presente ao sepultamento de Zamenhof. Só pouco a pouco a informação sobre a sua morte chegou aos esperantistas espalhados pelo mundo. O escritor Julio Baghy achava-se numa prisão militar na Sibéria, quando tomou conhecimento da morte do iniciador do Esperanto e compôs o seu famoso poema "La majstro mortis" (o mestre morreu). Zamenhof mesmo jamais gostou de ser chamado "mestre".


Sobre o tema: Duas clássicas biografias de L L Zamenhof, com diferentes visões ideológicas são encontradas nos linques:


E-librejo: Edmond Privat: Vivo de Zamenhof (12,8 Mb)
Ernst Drezen: Zamenhof  (415 kb)

Fonte:

http://www.liberafolio.org/2005/persone/zamenhofmorto


Traduziu: Carlos Maria (Taguatinga, DF)

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